Antagonismo: O radicalismo profundo
Antagonista | 17.11.2002 05:45
Dia 1° de janeiro de 1994 foi implantado o NAFTA (North American Free Trade Agreement), acordo firmado entre México, Canadá e Estados Unidos, que permitiria a livre circulação de mercadorias entre os três gigantes do norte, e nada ou quase nada se falava sobre a livre circulação dos seres humanos, principalmente os que vivem ao sul desse acordo.
Grande parte da população desses países foi prejudicada, principalmente no México, enquanto as mega-corporações capitalistas lucraram e acumularam as riquezas produzidas, que por sua vez eram prontamente distribuídas, uma parte aos que se enquadraram na lógica do mercado e outra parte concentrava-se nas avaras mãos das oligarquias mexicanas e nos cofres dos bancos dos países ricos, e assim mais uma vez aproveitando-se da força e poder do dinheiro os capitalistas e seus asseclas liderados pelo estado ianque, conseguiram ditar e impor regras a povos livres e países soberanos, disfarçando-as com cínicas retóricas pseudo-democráticas.
O império anglo-saxão com apoio e ou conivência de governos ocidentais, orientais e poderes constituídos sobre hábitos e medos, apoiando-se na doutrina neoliberal e no poderio militar, tecnológico e mídiatico dos Estados Unidos, “seduziram” povos e nações com discursos hipócritas, iludindo e condicionando mentes por meio de uma imensa maquina propagandista no “melhor” estilo nazista, defendendo uma falsa globalização que exclui “os seres” para incluir “os haveres”.
Paradoxalmente, o “panteão da liberdade” esta hoje indevidamente ocupado pelo seleto grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia pós-muro, que pretensiosamente se auto-intitularam os defensores da democracia, da liberdade e do estado de direito, passando por cima de todas as leis e organismos internacionais que zelavam pela vida humana e pela natureza da qual ela é parte, no mais descarado “golpe de estado” de toda a história da existência.
No mesmo dia 1° de janeiro de 1994, homens e mulheres com os rostos cobertos para que todos pudessem ver os rostos de todos os povos do mundo, de todos os guerrilheiros e lutadores do mundo, levantaram-se e saíram das sombras e marcharam armados com fuzis e flores sobre o próprio território, também esse indevidamente ocupado pelos adeptos de um sistema que seria a partir daquele dia condenado pela parte mais “à esquerda” da humanidade não conivente amante das próprias tradições e respeitosa das demais, regidos pelo amor à natureza e pela fé racional no conhecimento, propunham na voz de um cavaleiro sem rosto, um mundo onde caberiam vários mundos.
Quando ainda não se falava de globalização neoliberal, em meio a tragédias e conquistas, guerras e cruzadas, homens e mulheres caminharam, vagaram e exploraram as terras incultas, para plantar a semente de novas civilizações que ao longo dos séculos chegou aos nossos dias.
Antes, muito antes desta data, em vários países e nos mais remotos rincões do globo, outros povos em outras épocas lutaram, denunciaram e resistiram a outros impérios e “inquilinos indesejáveis” que em nome, sempre, dos próprios interesses massacraram inocentes e usurparam riquezas que a natureza ao longo dos tempos se encarregara de gerar.
Com os próprios corpos combatem em nome da liberdade perdida, da terra querida e da dignidade ferida, com as próprias vozes gritam pela libertação dos que estão confinados por motivos políticos, povos solidarizam-se nas misturas das tradições e no respeito mutuo das culturas e das crenças, com o propósito de colocar fim a todas as formas de dominação, sem privilégios de classes, credos e sexos, pois na origem somos todos iguais, seres humanos.
O processo histórico irreversível na matéria e imortalizado na memória, "moldado" pelas mãos de quem o escreve, denuncia vários casos de injustiça e abusos cometidos por aqueles que na ânsia de impor a outros, o que naturalmente não os pertencia, fez com que a humanidade conhecesse a tirania dos poderosos, assim os impérios controlavam e ocupavam territórios para que a metrópole e seus muitas vezes desavisados “súditos” pudessem se beneficiar dos bens saqueados e das culturas estupradas, garantindo riqueza e prosperidade aos que se enquadrassem no perverso mecanismo que ainda hoje move a maquina da injustiça, com a qual os dominadores suprimem a vida aos dominados.
Esse mesmo perverso mecanismo que tritura corpos para dominar mentes é e será para todo o sempre o motor de todas as revoltas.
Que se silenciem todas as armas para que as flores gritem às consciências e as revoltas sejam memórias do passado.
Antagonista.
17/06/02
Grande parte da população desses países foi prejudicada, principalmente no México, enquanto as mega-corporações capitalistas lucraram e acumularam as riquezas produzidas, que por sua vez eram prontamente distribuídas, uma parte aos que se enquadraram na lógica do mercado e outra parte concentrava-se nas avaras mãos das oligarquias mexicanas e nos cofres dos bancos dos países ricos, e assim mais uma vez aproveitando-se da força e poder do dinheiro os capitalistas e seus asseclas liderados pelo estado ianque, conseguiram ditar e impor regras a povos livres e países soberanos, disfarçando-as com cínicas retóricas pseudo-democráticas.
O império anglo-saxão com apoio e ou conivência de governos ocidentais, orientais e poderes constituídos sobre hábitos e medos, apoiando-se na doutrina neoliberal e no poderio militar, tecnológico e mídiatico dos Estados Unidos, “seduziram” povos e nações com discursos hipócritas, iludindo e condicionando mentes por meio de uma imensa maquina propagandista no “melhor” estilo nazista, defendendo uma falsa globalização que exclui “os seres” para incluir “os haveres”.
Paradoxalmente, o “panteão da liberdade” esta hoje indevidamente ocupado pelo seleto grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia pós-muro, que pretensiosamente se auto-intitularam os defensores da democracia, da liberdade e do estado de direito, passando por cima de todas as leis e organismos internacionais que zelavam pela vida humana e pela natureza da qual ela é parte, no mais descarado “golpe de estado” de toda a história da existência.
No mesmo dia 1° de janeiro de 1994, homens e mulheres com os rostos cobertos para que todos pudessem ver os rostos de todos os povos do mundo, de todos os guerrilheiros e lutadores do mundo, levantaram-se e saíram das sombras e marcharam armados com fuzis e flores sobre o próprio território, também esse indevidamente ocupado pelos adeptos de um sistema que seria a partir daquele dia condenado pela parte mais “à esquerda” da humanidade não conivente amante das próprias tradições e respeitosa das demais, regidos pelo amor à natureza e pela fé racional no conhecimento, propunham na voz de um cavaleiro sem rosto, um mundo onde caberiam vários mundos.
Quando ainda não se falava de globalização neoliberal, em meio a tragédias e conquistas, guerras e cruzadas, homens e mulheres caminharam, vagaram e exploraram as terras incultas, para plantar a semente de novas civilizações que ao longo dos séculos chegou aos nossos dias.
Antes, muito antes desta data, em vários países e nos mais remotos rincões do globo, outros povos em outras épocas lutaram, denunciaram e resistiram a outros impérios e “inquilinos indesejáveis” que em nome, sempre, dos próprios interesses massacraram inocentes e usurparam riquezas que a natureza ao longo dos tempos se encarregara de gerar.
Com os próprios corpos combatem em nome da liberdade perdida, da terra querida e da dignidade ferida, com as próprias vozes gritam pela libertação dos que estão confinados por motivos políticos, povos solidarizam-se nas misturas das tradições e no respeito mutuo das culturas e das crenças, com o propósito de colocar fim a todas as formas de dominação, sem privilégios de classes, credos e sexos, pois na origem somos todos iguais, seres humanos.
O processo histórico irreversível na matéria e imortalizado na memória, "moldado" pelas mãos de quem o escreve, denuncia vários casos de injustiça e abusos cometidos por aqueles que na ânsia de impor a outros, o que naturalmente não os pertencia, fez com que a humanidade conhecesse a tirania dos poderosos, assim os impérios controlavam e ocupavam territórios para que a metrópole e seus muitas vezes desavisados “súditos” pudessem se beneficiar dos bens saqueados e das culturas estupradas, garantindo riqueza e prosperidade aos que se enquadrassem no perverso mecanismo que ainda hoje move a maquina da injustiça, com a qual os dominadores suprimem a vida aos dominados.
Esse mesmo perverso mecanismo que tritura corpos para dominar mentes é e será para todo o sempre o motor de todas as revoltas.
Que se silenciem todas as armas para que as flores gritem às consciências e as revoltas sejam memórias do passado.
Antagonista.
17/06/02
Antagonista
Comments
Display the following comment